Foram necessárias apenas 48 horas para eu me apaixonar pelo charme,
delicadeza e intensidade da história de Duda e Gaby no romance de Karina Dias.
Confesso que a sinopse do livro despertou em mim um
certo interesse, mas como temos a mania de julgar o livro pela capa, não
acreditei nem que o livro ou a meiga Karina pudessem superar minhas
expectativas. Mas superaram, e muito!
Na saída do sarau, realizado pela editora Brejeira Malagueta,
em maio, no Rio de Janeiro, adquiri um exemplar do livro exposto e aguardei a
longa fila à espera da autora autografá-lo. Sua simpatia e humildade faziam com
que aquele momento se arrastasse por horas a fio, adjetivos antagônicos a minha
ínfima paciência, característica de quem não tem muita vocação para tiete.
Meu destino era a Lapa, sua efervescência, seu ar
carnavalesco e as cariocas, claro! Mas antes da balada, paramos no hotel para a
produção da noite. Enquanto minha amiga tomava banho, resolvi matar o tempo
lendo um capítulo do livro. E eis que fui completamente absorvida pela
sagacidade do roteiro de Aquele dia junto
ao mar.
O romantismo aparece em diversas nuances, no erotismo dos
encontros, na intensidade dos acontecimentos e até mesmo na ironia dos
diálogos. É impossível não se envolver com perfis aparentemente tão distintos,
mas que guardam em si a crença no verdadeiro amor... que tudo pode, que tudo
transforma, que se encerra em si, uma vez que é completo, mesmo que imperfeito.
Fui para a boite e o ritmo da batida da música fazia ecoar em
mim as danças de Gaby. Olho para o placo e a vejo ali, encenando e acenando ao
público que a cobiça com os seus olhares. Resolvo fazer daquele espaço meu
laboratório literário e me mantenho firme ao meu propósito. O que Duda veria? O
que sentiria? Prendo meus pés no chão e miro nos olhos dela. Todas querem seu
corpo, eu, apenas seu olhar. O lugar não estava tão cheio e logo ela notou
minha presença. Passadas de olhos denunciavam que ela me via ali, e pude
perceber que minha postura a incomodava. Não era seus olhos que estavam à disposição,
era apenas o seu corpo. Quando ela se ausentou, senti sua ausência, a falta
daquele olhar. Gaby havia partido.
A leitura me fez sofrer, sorrir, chorar, gargalhar, talvez
simplesmente sentir as palavras de Karina Dias. Pude experimentar diversas sensações,
vibrar pelas conquistas de ambas, rechaçar a injustiça do mundo, devorar folhas
e mais folhas em busca de um final feliz.
Recomendo este livro, é apaixonante. Ele será capaz de lhe
proporcionar uma caminhada bem gostosa, quer seja pela areia... ou pelo mar, e
claro, à luz do luar.
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ual. fantastica suas palavras amei. também admiro muito o livro dela. foi mh primeira leitura com essa tematica e posso afirmar que continuarei lendo os livros dela. recomendo!
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