sexta-feira, 1 de junho de 2012

Aquele dia junto ao mar...


Foram necessárias apenas 48 horas para eu me apaixonar pelo charme, delicadeza e intensidade da história de Duda e Gaby no romance de Karina Dias.
Confesso que a sinopse do livro despertou em mim um certo interesse, mas como temos a mania de julgar o livro pela capa, não acreditei nem que o livro ou a meiga Karina pudessem superar minhas expectativas. Mas superaram, e muito!
Na saída do sarau, realizado pela editora Brejeira Malagueta, em maio, no Rio de Janeiro, adquiri um exemplar do livro exposto e aguardei a longa fila à espera da autora autografá-lo. Sua simpatia e humildade faziam com que aquele momento se arrastasse por horas a fio, adjetivos antagônicos a minha ínfima paciência, característica de quem não tem muita vocação para tiete.
Meu destino era a Lapa, sua efervescência, seu ar carnavalesco e as cariocas, claro! Mas antes da balada, paramos no hotel para a produção da noite. Enquanto minha amiga tomava banho, resolvi matar o tempo lendo um capítulo do livro. E eis que fui completamente absorvida pela sagacidade do roteiro de Aquele dia junto ao mar.

O romantismo aparece em diversas nuances, no erotismo dos encontros, na intensidade dos acontecimentos e até mesmo na ironia dos diálogos. É impossível não se envolver com perfis aparentemente tão distintos, mas que guardam em si a crença no verdadeiro amor... que tudo pode, que tudo transforma, que se encerra em si, uma vez que é completo, mesmo que imperfeito.
Fui para a boite e o ritmo da batida da música fazia ecoar em mim as danças de Gaby. Olho para o placo e a vejo ali, encenando e acenando ao público que a cobiça com os seus olhares. Resolvo fazer daquele espaço meu laboratório literário e me mantenho firme ao meu propósito. O que Duda veria? O que sentiria? Prendo meus pés no chão e miro nos olhos dela. Todas querem seu corpo, eu, apenas seu olhar. O lugar não estava tão cheio e logo ela notou minha presença. Passadas de olhos denunciavam que ela me via ali, e pude perceber que minha postura a incomodava. Não era seus olhos que estavam à disposição, era apenas o seu corpo. Quando ela se ausentou, senti sua ausência, a falta daquele olhar. Gaby havia partido.
A leitura me fez sofrer, sorrir, chorar, gargalhar, talvez simplesmente sentir as palavras de Karina Dias. Pude experimentar diversas sensações, vibrar pelas conquistas de ambas, rechaçar a injustiça do mundo, devorar folhas e mais folhas em busca de um final feliz.
Recomendo este livro, é apaixonante. Ele será capaz de lhe proporcionar uma caminhada bem gostosa, quer seja pela areia... ou pelo mar, e claro, à luz do luar.





Siga nos no Twitter: @BobosRomanticos

Um comentário:

  1. ual. fantastica suas palavras amei. também admiro muito o livro dela. foi mh primeira leitura com essa tematica e posso afirmar que continuarei lendo os livros dela. recomendo!

    ResponderExcluir